segunda-feira, 27 de julho de 2009

Cidade partida ou cidade doente e viciada?

"Cidade partida unida na dor
A Praia de Copacabana vai assistir a um evento inédito na história da violência da cidade. O movimento Rio de Paz - que luta pela redução de homicídios - vai reunir manifestantes num protesto contra o rio de sangue que corre pelas esquinas e vielas da cidade. Se você não puder ir, ao menos acene um lenço branco de sua janela na Atlântica. Faça isso por uma cidade mais segura."



Recebi o texto acima e fiquei pasmo... a mesma cidade partida e unida na dor é aquela que acena lenços brancos de janelas na Atlântica pela manhã, e durante a noite financia as ações criminosas dos barões do pó, patrocinando a compra de mais armamentos e munição, num gigantesco exemplo de hipocrisia e incoerência. Como se pombinhas brancas e pétalas atiradas contra os traficantes fossem sensibilizar seus coraçõezinhos empedernidos, como acreditam esses grupamentos "Sou da Paz" que brotam aos montes por aí.

Deve ser efeito dos produtos que grande parte deles manda pra cabeça, como é bastante peculiar dessa intelectualidade doente que temos. Como disse certa vez o Delegado Helio Luz, "Ipanema brilha à noite", em referência ao consumo de drogas no bairro da Zona Sul carioca. Brilha à noite e durante o dia acena lenços brancos, pedindo o fim do narcotráfico e da mancha criminal que ele traz a reboque. Incoerência pouca é bobagem.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Repercussão no Vasco em 1969 sobre a chegada do homem na Lua

Email circulando pela internet. Autor desconhecido

Há 40 anos o homem chegava à Lua. Como os nossos dirigentes receberiam a notícia na época?

Eurico: “É claro que o homem foi à Lua, porra. Sabem nada! Fui eu quem coordenou essa missão. Eu sou locomotiva, não sou vagão. Para os idiotas que duvidam, eu só tenho uma coisa a dizer: a verdade prevalecerá! E os astronautas estão proibidos de falar com a imprensa!”

Calçada: “Não importa se quem chegou à Lua foi o Manoel ou o Joaquim. Empresários, esqueçam a política, vamos apoiar a chegada do homem à Lua!”

Dinamite: “Você está mais bem informado do que eu. Não posso confirmar isso, mas estou sendo cobrado pelos torcedores na rua e garanto que com certeza estaremos buscando, no dia a dia, os recursos para que o homem possa ir à Lua.”

Coelho: “Isso não passa de uma cortina de fumaça para esconder o fato de que o custo das peças do foguete e do combustível aparecem superfaturados no balanço da Nasa. Alguém está levando dinheiro por fora. A Nasa já está numa situação falimentar há muitos anos, como eu já venho denunciando.”

Luiz Américo: “Estamos certos de que o foguete está regulamente inscrito e poderá pousar na Lua normalmente. Já entramos com uma liminar na Justiça comum para garantir esse direito.”

Olavo:
“Garanto que já há uma fila de investidores dispostos a patrocinar a ida do homem a Marte.”

Luso: “Ainda estamos ouvindo as empresas interessadas em investir na modernização e ampliação do programa da ida do homem à Lua.”

Mandarino: “Estamos buscando reforços aqui e acolá, mas de uma forma adequada à nossa realidade. Não vou entrar em leilão nem fazer loucuras para chegar à Lua e depois não ter como pagar aos astronautas.”

Agostinho Taveira: “No dia em que eu chegar lá vou destruir a Lua a marretadas.”

Fábio Fernandes: “Já estamos preparando uma grande campanha de marketing para que o torcedor possa aderir a esse projeto. O nome será: ‘A Lua é minha’.”

Isac Zagury: “Criamos a Associação de Amigos da Lua para ajudar a captar recursos para a ida do homem à Lua. Somos 20 milhões de torcedores. Se cada um colaborar com 1 real…”

Neca: “Desconheço. Não sei de onde vai sair o dinheiro para pagar todo mundo. Do meu bolso é que não vai ser.”

sábado, 11 de julho de 2009

A travequização feminina


Foi-se o tempo em que os travestis se esforçavam para ficar parecidos com as mulheres. Em sua busca incessante pela imagem e semelhança aos traços femininos, os rapazes que por motivo ou outro decidiram virar menina, faziam esforços inimagináveis com o objetivo de adquirir contornos sutis como os das mulheres. Hoje, que os tempos estão mudados, parece que anda acontecendo justamente o contrário. Elas é que parecem estar se esforçando cada vez mais para ficarem semelhantes aos travestis.

Não é necessário ser muito inteligente para perceber isso. Basta ligar a televisão, abrir o jornal, folhear uma revista qualquer (quanto mais popular, melhor), onde constem as atuais celebridades, as tais gostosas do momento, estrelas de segundo escalão, dançarinas de funk e musas carnavalescas. Não consigo identificar com precisão que diabos estão ditando esses rumos nefastos e induzindo essa travequização da figura feminina. Talvez sejam alguns rapazes mal resolvidos, desejosos de aventuras primaveris com alguma “quase mulher”, e que por pudor, receio ou qualquer outro motivo de religião ou ortodoxia prefiram transferir essa carga e tensão sexual para mulheres de visual mais robusto e embrutecido. Freud talvez explicasse o caso deles, já que até grandes astros do mundo da bola tem freqüentado ultimamente as páginas dos jornais, envolvidos em aventuras amorosas com meninas de, digamos, dupla sexualidade.

Porém o mais triste é que, me parece que essa padronização tem sido adotada, ditada e copiada pelas próprias mulheres. É a cultura da academia, onde os músculos crescem, na mesma medida em que cérebros encolhem. E a barriga vira um tanque, as pernas ficam iguais as do Roberto Carlos (não o cantor, e sim o baixote, ex-lateral esquerdo e que carregava um apartamento no pulso, segundo o próprio), os braços ganham contornos de Stallone, e aquela menina adorável, que você gostava de admirar e cogitava convidar pra tomar um sorvete, se metamorfoseia e se transforma num cover do Hulk. E elas “bombam”. Só que o resultado de empurrar pra dentro do organismo tanto hormônio masculino na tentativa de adquirir força pra levantar peso feito o Schwarzenegger tem lá o seu preço, e o preço a pagar é caro. As feições se masculinizam, e conversar com ela te dá impressão de estar falando com o Pato Donald em pessoa, pois a voz também muda. Vira voz de travesti. Há até quem diga que cresça no entrepernas uma espécie de falo rudimentar... e a travequização vai ficando cada vez mais evidente.

A voz engrossa, o gogó salta pra fora, e pra piorar, litros e litros de silicone são injetados na peitaria. E elas desfilam por aí, orgulhosas, peitos que parecem saídos em série de fábrica. Todos rigorosamente iguais. Artificiais, extremamente artificiais, quando na realidade a beleza residiria justamente na naturalidade, na diversidade, na pluralidade, nos diversos formatos, tamanhos e texturas. E o silicone que, a não muito tempo atrás era recurso adotado por vítimas do câncer de mama e travestis (olha eles aí novamente), foi banalizado por completo. Meninas de formas irretocáveis fazem 18 anos e ganham de presente da família um par de próteses. E lá vão elas ser adulteradas por enxertos desnecessários e injetar aquela gosma no tórax, pra sufocar o que não precisa de retoque algum. E o tal Dr. Hollywood, com aquele jeitão que tem de não gostar muito da coisa, parece sentir um prazer todo especial em desfigurar a maior criação de Deus e ainda fazer propaganda desse crime na TV.

A televisão incentiva, as revistas financiam a causa, e o público masculino, em grande parte pouco seletivo, aplaude e lambe os beiços. Numa feira que oferece mulheres-fruta transgênicas pra todos os gostos, é omitido do consumidor que, aquele visual de halterofilista foi obtido através de muito agrotóxico, Winstrol e Durateston. É a cultura do visual, do tamanho, do cada vez mais, do abrutalhamento, onde a feminilidade, a sutileza e a graciosidade feminina se perdem por completos, dando lugar ao visual de caminhoneiro com braços de estivador. E a mulher Tarzan vira padrão de beleza...

O Pensador, visionário que é, já havia dito tempos atrás que “desculpa, bom, mas eu prefiro mulher de verdade”. Estaria ele antevendo o surgimento dos andróginos pincelados a Photoshop que hoje figuram pendurados em todas as bancas, nas capas de Playboys e nesses infames jornaizinhos de 50 centavos? Sendo assim, dá até pra acreditar, ou ao menos aceitar a desculpa esfarrapada dos craques da bola citados no início do texto, que justificam suas aventuras trans-amorosas com um pouco convincente “eu me confundi”. De fato algumas mulheres tem feito um esforço tremendo para serem confundidas com os travestis. A propósito, seria você capaz de identificar, lá em cima, na foto que ilustra essa postagem, qual das duas é mulher de verdade? Bem, se você escolheu a da esquerda, sinto informar que errou.