quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Um Obus pra começar


Cá estou eu, sem saber bem por onde começar. A falta de tempo (e de coragem) sempre me fez postergar e adiar a vontade de externar o que me passa pela cabeça, até que num rompante de sei lá o quê ou absurda falta do que fazer, eu decidi tomar vergonha na cara, criar este espaço e parar de resmungar pelos fóruns da vida. Como em tudo que faço, estou pouco ligando para a opinião alheia, logo é fato que darei de ombros para números de acesso e visitações. Quem foi que disse que quantidade tem relação com qualidade? Se fosse assim o Funk e tal Axé de certo não fariam o absurdo sucesso que fazem... Sou inclusive, simpatizante de teorias que confabulam sobre unanimidades burras, como as flamenguices coletivas e vazias. É um prazer que me compraz estufar o peito e dizer: "comam merda, afinal um bilhão de moscas não podem estar erradas".

Sou um semi-letrado que desconhece metade da gramática, ignora veementemente (e se orgulha disso) o uso correto dos porquês (diabo de coisa mais chata e sem sentido), mas ainda assim me meto a escrever. E inclusive há quem diga que me saio muito bem, afinal, onde está escrito que é necessário um diploma de letras ou jornalismo para ser escritor? Eu acho, inclusive, que estou melhor na fita que grande parte deles, que falam, falam, e não dizem nada, ou daqueles que fazem a linha do politicamente correto, ficando em cima do muro. Como já dizia o genial Francis, "jornalista brasileiro não tem estofo. Só pergunta o consentido, que é pra não perder o contato". Pior que esses somente aqueles, tendenciosos, parciais e vendidos, que distorcem e manipulam fatos na mesma medida em que fabricam pseudo-verdades e omitem, cinicamente, as "verdades de verdade". Desses falarei mais adiante.

Meus inimigos estão no poder. Mas se os heróis do Cazuza morreram de overdose os meus estão morrendo de inanição pelas mãos de alguns desses mal intencionados, por conta de processos golpistas e intervencionistas, como no caso do meu Vasco, ou de desgosto por conta de decisões pra lá de contestáveis que acontecem por aí, assim como nas escolhas de samba-enredo. Mas como já foi dito pelo Paulo Cesar Pinheiro, "Você corta um verso, eu escrevo outro". Sendo assim, o obus está apontado, e a cabeça fervilhando. Enquanto houver sinopse por aí e paciência por aqui eu vou continuar escrevendo e incomodando. Ou atormentando. Sei lá.

Ps. Explicando, que é pra não necessitar voltar nesse assunto. Não sei se é neologismo, mas erro de digitação é que não é. Obusando não é "abusando" com erro de grafia. É abusando, é abusado, é obus. É junção dessas palavras sim, e pra fazer vocês pensarem.

Classificação morfossintática:
- [obus] substantivo masc singular .
Sinônimos: morteiro bomba petardo .
Palavras relacionadas: obuseiro artilharia canhão de recuo .

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